
Militantes da Greenpeace organizaram no passado dia 2 de Julho de 2005 em cerca de 15 cidades francesas acções para recordar o militante eco-pacifista de origem portuguesa, Fernando Pereira, fotógrafo de profissão, vítima de um atentado organizado e perpetrado pelos serviços secretos franceses contra o barco Rainbow Warrior. Nele explodiram duas bombas, provocando a morte do militante da Greenpeace e o afundamento do Rainbow Warrior, no porto de Auckland, em 10 de Julho de 1985.
Com esse atentado terrorista o estado francês pretendia pôr um ponto final na campanha levada a cabo pela Greenpeace contra os ensaios nucleares do exército francês em Mururoa, na Polinésia francesa.
Em Avignon, Bordéus, Cherbourg, Grenoble, Lille, Lyon, Marseille, Montpellier, Nantes, Paris, Poitiers, Rennes et Strasbourg, os militantes franceses da Greenpeace rebaptizaram várias ruas com o nome de Fernando Pereira, tendo acrescentado o seguinte: "rue, place ou site Fernando Pereira Militant pacifiste tué par l'Etat français lors de l'attentat du Rainbow Warrior »
(rua, praça ou lugar Fernado Pereira Militante pacifista morto pelo Estado francês no atentado do Rainbow Warrior).
Recorde-se que, 20 anos depois, o Estado francês ainda nem sequer apresentou desculpas á família de Fernando Pereira. « Muitos dos agentes secretos que estiveram envolvidos na operação saíram impunes», declara Marelle Pereira, filha de Fernando Pereira. Apenas Dominique Prieur e Alain Mafart ( os famosos falsos esposos Turenge), foram presos na Nova Zelândia, e condenados a 10 anos de reclusão, mas regressaram a França ao fim de 3 anos!!!
(RETIRADO DO A-ZINE)