
«Não há nada aqui. Absolutamente nada. Vivemos quatro numa divisão, os nossos pais trabalham todos os dias como zombies, mas nós não temos nada. Os empregos que há vão para gente vinda de outras cidades. O parque de estacionamento é o nosso salão, o único sítio para onde podemos ir» Abdelkarim, citado no JN de 7 de Novembro de 2005.
«Nunca pensaram que os nossos pais teriam filhos. Mas cá estamos e toda a miséria do mundo está connosco.»
«Somos todos da religião errada, da cor errada, sem futuro»
«O que queimam esta noite?» troca de sms's entre jovens dos subúrbios de Paris.
«Aqui não há sonho americano. Nem sequer o sonho francês.»
«Não há maneira de lhes chamar a atenção. A única forma de comunicar com eles é incendiando», miúdo da Costa do Marfim (francês?).
«Eles também estão a tentar provar aos pais, irmãos, tios que não aguentam mais. Estão a queimar os lugares onde jogam, onde se sentam - estão a incendiar os seus próprios recreios». Rezzoug
«Isto é uma desgraça, mas compreendo os miúdos. Tratam-nos como se fôssemos menos do que nada, ninguém pensa em nós». Comerciante de Evreux.