Não nos iludemos sobre as declarações de Ratzinger na Universidade de Ratisbona. Nem façamos como Henrique Fialho que, no seu blog Insónia, coloca a questão da estupidez do papa. Será o papa estúpido? É evidente que não. Dá-me uma pequena ideia que estamos perante uma provocação deliberada ao islamismo, se não como interpretar também a frase do Vaticano que, a partir da contestação árabe às palavras de Ratzinger, poderá adiar a viagem a Constantinopla (reparem: disse Constantinopla, não Istambul)?
Estive a ler, com alguma atenção e num domingo de manhã, as tais palavras «incendiárias» do papa. E também o pedido de desculpas, aliás, lamentos, do Vaticano e do papa perante a situação criada pelo discurso que, segundo a terminologia oficial, não punha em causa o islamismo, nem Maomé.
Pois bem, não punha em causa uma ova! Ou somos todos estúpidos, mas pôr na boca de imperador do século XIV as perguntas que gostaríamos de fazer hoje a um muçulmano é o quê? «Dizei-me o que Maomé trouxe de novo, quando prega a fé pela espada e pelo fogo?» para dar um exemplo universal da recusa da guerra? Raio de exemplo, quando poderia ter à mão o ataque dos cruzados a Constantinopla, essa sim, arrasada pela irracionalidade da fé. Nunca o islamismo deu intelectuais que se baseassem na Razão? Então quem foi Averrois?... Dá-me a ideia que estão a brincar connosco...
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